Festival do Rio terá mostra especial em homenagem ao Studio Ghibli

Um dos principais estúdios de animação do mundo, o Studio Ghibli, vai ganhar uma mostra especial na edição de 2015 do Festival do Rio. Serão exibidos nove filmes que vão desde produções recentes, como “As Memórias de Marnie”, de 2014, até longas do início da história do estúdio japonês, como “O Castelo de Cagliostro”, de 1979.

Responsável por sucessos como “A Viagem de Chihiro”, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2002 e o do Oscar de melhor animação em 2003, e “Vidas ao Vento”, indicado ao Oscar de melhor animação em 2014, o Studio Ghibli comemora 30 anos este ano.

MEU AMIGO TOTORO
(Tonari no Totoro)
de Hayao Miyazaki. Com Hitoshi Takagi, Noriko Hidaka, Chika Sakamoto. Japão, 1988. 86min,digital.
Mei é uma menina que encontra uma pequena passagem em seu quintal, que a leva a um lendário espírito da floresta conhecido como Totoro. Sua mãe está no hospital e seu pai divide o tempo entre dar aulas na faculdade e cuidar de sua mulher doente. Quando Mei tenta visitar a mãe por conta própria, se perde na floresta, e só o grande e fofo Totoro pode ajudar a menina a achar o caminho de volta para casa. Lançado em mais de 40 países, o filme foi o responsável por projetar os Studios Ghibli internacionalmente. Seus personagens se tornaram ícones máximos dentro do universo infantil japonês.

PORCO ROSSO: O ÚLTIMO HERÓI ROMÂNTICO
(Kurenai no buta)
de Hayao Miyazaki. Com Shûichirô Moriyama, Tokiko Katô, Sanshi Katsura. Japão, 1992. 94min,digital.
Costa do Mar Adriático, início dos anos 1930. Marco Porcellino, mais conhecido como Porco Rosso, é um aviador caçador de recompensas, que luta contra piratas aéreos. Gina, cantora e proprietária do Hotel Adriano, não desiste de tentar convencê-lo de que vale a pena procurar a humanidade, mas Porco resiste a falar do passado e detesta o único vestígio desses tempos – uma fotografia de seu rosto antes de assumir sua nova persona. Uma nostálgica e poética homenagem do mestre da animação japonesa, Hayao Miyazaki, ao universo da aviação, um dos seus temas prediletos.

MEUS VIZINHOS, OS YAMADAS
(Hôhokekyo tonari no Yamada-kun)
de Isao Takahata. Com Touru Masuoka, Yukiji Asaoka, Hayato Isobata, Naomi Uno. Japão, 1999. 104min,digital.
No dia a dia da família Yamada há muito de nós mesmos. Este clássico do Studio Ghibli se utiliza de uma animação simples e bastante distinta do estilo usualmente adotado pela produtora para contar uma série de pequenas crônicas familiares. Histórias singelas, como a filha que é deixada para trás no shopping ou o pai que desavisadamente enfrenta uma perigosa gangue de motocicletas que ousou perturbar seu sono. A trama central é frequentemente interrompida por metafóricos interlúdios, nos quais marido e esposa conduzem o navio de sua família por uma mar chamado Vida.

O REINO DOS GATOS
(Neko no ongaeshi)
de Hiroyuki Morita. Com Chizuru Ikewaki, Yoshihiko Hakamada, Aki Maeda. Japão, 2002. 75min,35mm.
Esta é a história de Haru, uma garota muito preguiçosa, que todos os dias chega atrasada na escola. Um belo dia, voltando para casa, Haru salva um gato de ser atropelado. Em agradecimento, o gatinho sobrevivente fica de pé nas duas patas traseiras e fala! Assustada, a menina corre para casa. Quando a noite cai, sons estranhos chegam à sua janela. Ela custa a acreditar quando vê um gigantesco cortejo felino se aproximando. À frente dele está o Rei dos Gatos, que veio agradecê-la por ter salvado seu filho. Como recompensa, o Rei dos Gatos promete maravilhas para o dia seguinte da menina.

CONTOS DE TERRAMAR
(Gedo senki)
de Goro Miyazaki. Com Jun’ichi Okada, Aoi Teshima, Bunta Sugawara. Japão, 2006. 115min,digital.
Algo estranho ronda a Terra. Algumas pessoas estão vendo dragões, que não deveriam entrar no mundo dos humanos. Diante desses estranhos eventos, Ged, um feiticeiro nômade, decide investigar. Durante sua jornada, conhece o príncipe Arren, um adolescente perturbado. Arren parece um garoto tímido, mas possui um lado negro que lhe dá força, um ódio implacável que não tem misericórdia, principalmente quando se trata de proteger Teru, uma órfã. A bruxa Kumo decide usar Teru como isca contra Arren, e somente Ged poderá ajudá-lo a superar seus medos. Baseado nos livros de Ursula K. Le Guin.

OS PEQUENINOS
(Kari-gurashi no Arietti)
de Hiromasa Yonebayashi. Com Mirai Shida, Tatsuya Fujiwara, Ryûnosuke Kamiki, Kirin Kiki. Japão, 2010. 94min,digital.
Sob o assoalho de uma casa velha de Tóquio, vive Arrietty, em seu minúsculo mundo, com a família, fazendo de tudo para manter em segredo a existência de todos. Sobrevivendo como pequenos ladrões, eles conhecem as regras para que nunca sejam percebidos pelos verdadeiros – e grandes – donos da casa. Para isso, procuram manter a desconfiança deles em cima dos gatos e ratos, e tomam todos os cuidados possíveis para evitar serem vistos. Contudo, quando um jovem rapaz se hospeda na casa, a pequenina Arrietty acredita que poderá manter uma amizade com ele, apesar da diferença dos tamanhos.

AS MEMÓRIAS DE MARNIE
(Omoide no Mânî)
de Hiromasa Yonebayashi. Com Sara Takatsuki, Kasumi Arimura, Nanako Matsushima. Japão, 2014. 113min,DCP.
Anna, uma garota muito solitária e sem amigos, vive com seus pais adotivos. Ao se mudar para uma pequena cidade litorânea, ela conhece Marnie. Elas logo ficam amigas, mas a nova coleguinha não é bem aquilo que aparenta ser. A amizade das duas vai bem até o dia em que Marnie desaparece sem explicação. Algum tempo depois, uma nova família se muda para a casa onde ela vivia. Anna se aproxima e faz amizade com os novos moradores, mas, aos poucos, ela vai descobrir coisas muito estranhas sobre sua amiga misteriosa. Trabalho mais recente do Studio Ghibli. Festival de Roterdã 2015.

TÚMULO DOS VAGALUMES
(Hotaru no haka)
de Isao Takahata. Com Tsutomu Tatsumi, Ayano Shiraishi, Akemi Yamaguchi. Japão, 1988. 89min,digital.
Setsuko e sua irmã Seita, de apenas 4 anos, vivem no Japão em meio a Segunda Guerra Mundial. Após a morte da mãe num bombardeio americano e a convocação do pai para a Guerra, eles vão morar com alguns parentes. Insatisfeitos, saem da cidade e acabam num abrigo isolado na floresta, onde lutam contra a fome e as doenças, enquanto se divertem com as luzes dos vagalumes. Um conto sobre a verdadeira tragédia da guerra e o abandono de uma nação. Considerado um clássico em seu país, o filme fez uma das maiores bilheterias da história do cinema japonês.

O CASTELO DE CAGLIOSTRO
(Rupan sansei: Kariosutoro no shiroo)
de Hayao Miyazaki. Com Yasuo Yamada, Eiko Masuyama, Kiyoshi Kobayashi. Japão, 1979. 100min,digital.
Lupan III é um ladrão famoso.  Após um roubo bem-sucedido no cassino de Mônaco, ele percebe que foi enganado e roubou notas falsas. Disposto a encontrar a origem do dinheiro falso, ele descobre que o dinheiro vem de um país distante e esquecido, já famoso pela falsificação de moedas em todo o mundo. Lá ele conhece Clarisse, a herdeira da família real de Cagliostro. A jovem decidiu fugir desde que, à sua revelia, marcaram seu casamento com o conde. Lupan decide ajudá-la, sem saber do grande tesouro que Clarisse esconde. Segundo e mais famoso filme da trilogia Lupin.

Sobre o Festival do Rio

A edição 2015 do Festival do Rio traz 250 filmes espalhados por mais de 15 mostras, entre eles, filmes de mestres como Nanni Moretti, Wim Wenders, Hal Hartley, Carlos Saura, Catherine Hardwicke, Robert Zemeckis, Ruy Guerra e Walter Lima Jr., entre outros.

Além das mostras já conhecidas, como Panorama do Cinema Mundial, Expectativa 2015, Première Brasil, Première Latina, Fronteiras, Midnight, Midnight Docs, Filme Doc, Geração, Itinerários Únicos e Meio Ambiente, o Festival vai dedicar mostras especiais a raridades do Noir Mexicano, ao gênio Orson Welles, às famosas produções de animação do Studio Ghibli e aos Grandes Mestres do Cinema. Pelo segundo ano, o Prêmio Felix vai eleger o melhor filme de temática LGBTQ de toda a programação, escolhido por um júri oficial.

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