BOI NEON, de Gabriel Mascaro vence Prêmio Especial do Júri no Festival de Berlim

A 72ª edição do Festival de Veneza, encerrada neste sábado, 12 de setembro, na Itália foi bastante positiva para o cinema brasileiro. O longa-metragem BOI NEON, de Gabriel Mascaro, foi consagrado com o Prêmio Especial do Júri da Mostra Horizonte. Descoberto pela curadora de Veneza Violeta Bava quando esteve no Rio de Janeiro, em maio, para o Programa Encontros com o Cinema Brasileiro, “Boi Neon”, coprodução Brasil-Uruguai-Holanda, iniciou seu financiamento após ser um dos vencedores do edital binacional de seleção Brasil-Uruguai da ANCINE, em 2011.

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Outro fruto dos editais de coprodução da ANCINE também voltou com um prêmio não oficial do festival: O elenco de “Mate-me por favor”, de Anita Rocha da Silveira, recebeu o prêmio paralelo Bisatto D’oro, oferecido pela crítica independente italiana por melhor interpretação para as atrizes Julia Roliz, Dora Freind, Mariana Oliveira e Valentina Herszage.”Mate-me por favor” foi vencedor do edital Brasil-Argentina, em 2013. O filme também foi contemplado em duas linhas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e contou ainda com recursos do Prêmio Adicional de Renda e do Programa ANCINE de Incentivo à Qualidade em sua produção.

Ambas as produções foram à Veneza com o auxílio do Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais e de Projetos de Obras Audiovisuais Brasileiras em Laboratórios e Workshops Internacionais, que concede subsídios diversos a projetos audiovisuais convidados para 31 laboratórios ou workshops no exterior e a filmes oficialmente convidados para 90 festivais internacionais.

“Boi Neon” continua sua trajetória internacional esta semana, quando será exibido na 40ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, como parte da programação da nova mostra competitiva Plataforma, dedicada à produção cinematográfica “com ambições artísticas”. E no que depender da opinião do diretor artístico Cameron Bailey, o filme de Mascaro tem tudo pra repetir o sucesso alcançado em Veneza.

Em entrevista à imprensa canadense, Bailey afirmou que o longa é um de seus favoritos na edição do evento deste ano:

“Quando assisti, tive o mesmo sentimento de quando vi um filme do David Lynch pela primeira vez. A sensação de ser arrastado para um mundo completamente novo e de ver coisas realmente surpreendentes”, disse o diretor.

Vale ressaltar que o filme de Mascaro foi assistido também pela curadora do Festival de Toronto, Diana Sanchez, durante a edição de junho do Programa Encontros com o Cinema Brasileiro.

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