Crítica do filme Operação Big Hero

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Operação Big Hero
Direção: Don Hall, Chris Williams
Roteiro: 
Jordan Roberts, Daniel Gerson
Gênero: Animação | Ação | Aventura
Distribuidora: Walt Disney
Elenco vocal (em inglês): Scott Adsit, Ryan Potter, Daniel Henney, T.J. Miller, Jamie Chung, Damon Wayans Jr., Genesis Rodriguez.

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Avaliação (6/10)

Uma coisa não podemos negar, talvez o maior mérito da Walt Disney, acima de qualquer outro estúdio, é sem dúvida sua capacidade de se reinventar e se manter em um alto nível de produção. Isto é um fato muito recorrente principalmente nos últimos anos, com diversos lançamentos tanto nos gêneros de animação, que sempre agradam quase todas as idades (um exemplo de sucesso recente com animação “Frozen”) e claro não podemos deixar de mencionar o longa “Malévola” que trouxe uma releitura do clássico conto A Bela Adormecida. Dito isso não devemos se espantar ao sermos presenteados novamente com sua mais recente produção, a animação Operação Big Hero que traz às telonas um longa cheio de ação e aventura que acompanha o início de um grupo de super-heróis sendo inspirado na série de quadrinhos de sua parceira de diversos sucessos recorrentes – Marvel.

Nos últimos anos a comunidade nerd vem sendo mimada, por assim dizer, com lançamentos que exploram à conhecida cultura pop, trazendo adaptações de histórias em quadrinhos (HQs), jogos e praticamente tudo relacionado à este vasto universo. Quando a Disney adquiriu o controle da Marvel em 2009 a comunidade nerd se mostrou bastante duvidosa na capacidade do estúdio de conduzir produções mais maduras (sem deixar os heróis infantilizados). Mas o tempo mostrou que não só conseguiram isso como ainda se mostraram bastante competente e antenada à todo esse momento, dessa forma a Disney traz aos cinemas mundiais neste natal sua primeira animação baseada nos não tão conhecidos personagens da Marvel“Big Hero 6” que acompanha uma equipe de super-heróis trabalhando na cidade de San Fransokyo, uma mistura de São Francisco e Tóquio.

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Lançado originalmente em 1998 pela dupla Steven T. Seagle e Duncan Rouleau a série nunca foi um sucesso junto ao público, apesar de  Mas talvez essa foi o ponto chave para trazer essa adaptação aos cinemas pela Disney, que tem muitas mudanças e até certas faltas de coerências se comparada aos quadrinhos. As diferenças são diversas, como por exemplo no próprio nome do protagonista o adolescente Hiro Takachiho (na HQ) da lugar ao Hiro Hamada – essa seria a mais leve mudança. Mas o longa traz ainda a ausência de personagens centrais como o mutante Samurai de Prata,que durante seu tempo como um herói, tornou-se o líder do grupo, e ainda alterações significativas nos acontecimentos familiares do super gênio adolescente Hiro. Apesar de algumas alterações e disparidade com relação as histórias em quadrinhos, no geral o público recebe uma produção que consegue uma forma harmônica de contar história de ambos os estúdios (Disney e Marvel) sem comprometer a diversão.

Com roteiro escrito por Jordan Roberts, Robert L. Baird e Daniel Gerson, o longa segue o prodígio Hiro Hamada (voz de Ryan Potter) que não é exatamente um adolescente normal, muito pelo contrário, por traz de um ar bastante infantil (entra aqui os traços de anime/mangás) se encontra um gênio em robótica. Como muitos de sua idade Hiro ainda não consegue vislumbrar todo seu potencial e criatividade, dessa forma acaba passando a maior parte do seu tempo desenvolvendo robôs para utilizar em lutas amadoras no submundo de San Fransokyo (cidade ficticia). Esse perfil de personagem, muito bem empregado e explorado no filme, atrai bastante os jovens atuais aonde devido à facilidade no acesso a diversas tecnologias, acabam por utiliza-las, em certos momentos, para fins errôneos – desperdiçando potencial de criação.

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Neste ponto somos apresentados ao irmão mais velho de Hiro, Tadashi Hamada (voz de Daniel Henney) que conhecendo seu potencial de criação luta contra a relutância do mais novo de não utilizar sua fantástica inteligencia de forma proveitosa. Dessa forma ele acaba incentivando Hiro a participar de uma feira de tecnologia onde juntos apresentam uma grande invenção: os Microbots, micropartículas que juntas são capazes de reproduzir qualquer forma com estimulo cerebral. Mostrando todo seu potencial nesta feira, Hiro chama a atenção de todos presentes demonstrando todo seu potencial. Graças a seu brilhante irmão Tadashi e seus amigos: Go Go Tamago, movida a adrenalina; Wasabi, cuja obsessão é organização; Honey Lemon, especialista em química; e Fred, fã de mangás. Quando uma devastadora sequência de eventos os coloca bem no meio de uma trama perigosa que acontece nas ruas de San Fransokyo, Hiro recorre a seu companheiro mais próximo — um robô chamado Baymax — e transforma o grupo em uma equipe de heróis de tecnologia de ponta determinados a desvendar o mistério.

A direção da dupla Don Hall (conhecido por “O Ursinho Pooh “) e Chris Williams (o mesmo de “Bolt: Supercão”) consegue reproduzir em cenas toda ação necessária para acompanhar o grupo irreverente de super heróis. Se utilizando de uma fotografia muito bem composta, tanto em cenas sombrias quanto em claridade, podemos ver uma animação muito bem trabalhada. Destaque fica também para trilha sonora do longa, que traz a música original “Immortals”, do Fall Out Boy, além de incluir músicas de Henry Jackman (Capitão América 2: O Soldado Invernal). A música da banda de pop punk foi composta exatamente pela inspiração da equipe que é transformada de um grupo de indivíduos super inteligentes para um grupo de heróis de alta tecnologia. Tamanha é a harmonia musical no longa que somos totalmente envolvidos em todas as cenas de ação, sempre acompanhados pela trilha que mescla tons melódica e música eletrônica.

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O longa que explora bastante o lado familiar, rico em mensagens subliminares de amizade e superação, carrega em sua história a ideologia contida na linguagem das produções Disney que visa não apenas criar histórias envolventes mas sim criar personagens carismáticos que serão sempre lembrados. Operação Big Hero é sem dúvida uma animação muito divertida, que empolga do início ao fim prometendo, como sempre quando de trata de produções assinadas pela Walt Disney, atingir diversos públicos abrindo a porta para sequências que prometem trazer bastante ação é diversão à todos. Assim como quase todos filmes da Marvel não podia ficar de fora a conhecida “cena pós-crédito”, que dessa vez revela um carismático é conhecido anfitriã da cultura pop. Não se esquece de ficar até o fim na sala de cinema!

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