Música para ler: André Forastieri, André Barcinski e Ricardo Alexandre falam sobre rock no MIS

Na próxima terça-feira, 12 de agosto, o MIS dedica a noite à música e à literatura. “Três tiozinhos conversando sobre música”. Essa é a definição de André Forastieri para esse bate-papo do qual participa com os jornalistas e escritores André Barcinski e Ricardo Alexandre. O evento é gratuito e acontece no Auditório MIS, às 19h. Para participar os interessados devem retirar a senha com uma hora de antecedência na Recepção MIS.

Além do bate-papo, acontece uma noite de autógrafos dos livros Pavões misteriosos – 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil (Editora Três Estrelas), de André Barcinski, O dia em que o rock morreu, de André Forastieri, e Dias de luta Cheguei bem a tempo de ver o palco desabar, ambos de Ricardo Alexandre. Os três últimos foram publicados pela Arquipélago Editorial.

Sobre os livros e autores

Pavões misteriosos – 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil, de André Barcinski

Pavões Misteriososconta a história de um período negligenciado pela bibliografia musical brasileira: o surgimento da cena pop em meados dos anos 1970. Entre os temas abordados estão o sucesso dos discos de novela, a popularização das rádios FM, a explosão da discoteca no Brasil e o fenômeno dos “falsos gringos”, cantores brasileiros que faziam sucesso cantando em inglês. Barcinski também relata como a música jovem – o pop – dominou o Brasil, abrindo caminho para a geração do “BRock” de Legião Urbana, RPM e Ultraje a Rigor. O autor entrevistou cerca de 70 pessoas, entre músicos, produtores e executivos, e fez uma extensa pesquisa em arquivos e livros.

André Barcinski nasceu em 1968. Escreveu cinco livros e dirigiu dois filmes. Venceu o Prêmio do Júri do Festival de Sundance (EUA) pelo documentário “Maldito” (2001), sobre Zé do Caixão, e o prêmio Jabuti de melhor livro-reportagem por “Barulho” (1992). Atualmente, dirige programas de TV para o Canal Brasil, é colaborador especial da Folha de S. Paulo, e colunista do portal R7.

O dia em que o rock morreu, de André Forastieri

O dia em que o rock morreu, lançado em Abril, é uma viagem por 25 anos da crítica musical. O jornalista André Forastieri selecionou, costurou e atualizou textos que escreveu para os mais diversos veículos da imprensa brasileira. Construiu um álbum conceitual que crava uma estaca no coração do rock. Nele, o autor disseca ícones mortos: Lennon, Hendrix, Lou Reed, Amy Winehouse, Joe Strummer e mais. No lado B, enterra o rock brasileiro. No segundo disco, Forastieri se despede das revistas de música, das capas de discos, da MTV, da indústria fonográfica. Fecha a publicação reencontrando Kurt Cobain vinte anos após sua morte, com tudo que escreveu sobre o Nirvana e a entrevista que fez com Kurt. Um epitáfio sobre a última banda que importou.

André Forastieri escreve sobre música — e qualquer outra coisa que lhe passe pela cabeça — desde 1988. Começou como repórter na Folha, editou as revistas Bizz e Set e depois fundou suas próprias revistas (GeneralHeróiPlay) e empresas. Colaborou com os principais veículos do País. Foi se especializando em cultura, tecnologia e sociedade. Publicou muito livro, mangá e HQ nas suas editoras Conrad e Pixel. Trouxe as revistas PC Magazine e EGM para o Brasil. Em 2009 iniciou o blog com seu nome. É diretor de conteúdo da Tambor, empresa de comunicação especializada em games. Em 2014 voltou às grandes redações, como editor-executivo de entretenimento do portal R7.com.

Dias de luta e Cheguei bem a tempo de ver o palco desabar, de Ricardo Alexandre

Em Dias de luta a história do rock brasileiro dos anos 80, da ascensão à queda, é reconstituída com precisão pelo jornalista Ricardo Alexandre. Resultado de seis anos de um trabalho de pesquisa e reportagem, o livro foi publicado originalmente em 2002 e logo se tornou uma referência indispensável para quem pretende conhecer aquela década extraordinária e seus incríveis personagens. O livro passou vários anos fora de catálogo – e, em 2013 voltou totalmente revista, corrigida e atualizada.

Já em Cheguei bem a tempo de ver o palco desabar, Ricardo Alexandre, faz um retrato da música pop produzida por Raimundos, Skank, Chico Science & Nação Zumbi, Charlie Brown Jr., Planet Hemp, Mamonas Assassinas e tantos outros – uma geração que ganha significado histórico a cada ano que passa. Um retrato reflexivo e emocionante, feito por quem estava lá, nos shows, nos estúdios e nos bastidores.

Ricardo Alexandre nasceu em 1974 em Jundiaí (SP). É jornalista e escritor, autor de Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal – vencedor do Prêmio Jabuti de melhor biografia de 2010. À frente da Tudo Certo Conteúdo Editorial, produziu e dirigiu os documentários Napalm: O som da cidade industrial e Júlio Barroso: Marginal conservador. Na mídia impressa, dirigiu as revistas Bizz, Época São Paulo e Trip. Também foi repórter e crítico musical do jornal O Estado de S. Paulo e teve seus textos publicados em veículos como Carta Capital, Época, Vida Simples, Superinteressante e Folha de S. Paulo, entre outros. Dias de luta, lançado originalmente em 2002, foi seu livro de estreia.

SERVIÇO
MÚSICA PARA LER
Data: 12.08, terça
Horário: 19h
Museu da Imagem e do Som – MIS
Endereço: Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo
Local: Auditório MIS
Capacidade: 172 lugares
Ingresso: gratuito (sujeito à lotação da sala – retirada de ingressos com uma hora de antecedência na Recepção MIS)
Classificação: livre
Tel: (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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