“Laranja Mecânica”, “O Iluminado” e “2001 – Uma odisseia no espaço” integram a Mostra STANLEY KUBRICK – DE OLHOS BEM ABERTOS

O Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, exibe a mostra Stanley Kubrick – De Olhos Bem Abertos, de 8 a 28 de agosto. Durante 20 dias, o público poderá conferir a retrospectiva integral de Kubrick, com exibição de clássicos da carreira do diretor, em película e formato digital. Um dos destaques da mostra é a maratona com 35 horas ininterruptas. Sessões comentadas durante toda a maratona e um curso sobre a obra de Kubrick, além de debates, integram a programação.

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Com maratona de aproximadamente 35 horas ininterruptas de exibição, a Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, dará início à retrospectiva integral do cineasta Stanley Kubrick. Durante 20 dias, o público poderá conferir todos os filmes do diretor, reunidos em 13 longas-metragens e três curtas, em película e formato digital, além do documentário Stanley Kubrick: Imagem de uma vida, de Jan Harlan. Dois destaques na programação são as sessões comentadas durante toda a maratona e um curso sobre a obra de Kubrick, além de debates.

Outra importante ação dessa mostra é a realização de um antigo desejo da FCS em ampliar e compartilhar com outras cidades o programa de formação de público desenvolvido no Cine Humberto Mauro, além das ações já realizadas a partir do FestCurtas-BH. Por meio de parceria com o Sesi, será feita a primeira itinerância simultânea de Mostra, com duração de uma semana, a ser realizada em Tiradentes e Mariana, com exibição de todos os filmes de Stanley Kubrick. Serão utilizadas as estruturas que os espaços já dispõem, bem como todas as modernas possibilidades de exibição digital.

Para Tiago Maia, Gerente de Cultura do Sesi em Minas Gerais, essa parceria com a Fundação Clóvis Salgado é fundamental para oferecer às cidades do interior do estado eventos de qualidade, tanto para os trabalhadores da indústria, quanto para a sociedade em geral.

Estética ímpar – A mostra Stanley Kubrick – De olhos bem abertos resgata a filmografia de um dos mais importantes cineastas mundiais. Com estética ímpar, Kubrick influenciou toda a indústria cinematográfica, desde a década de 1950, e sua obra foi e ainda é constantemente apropriada pela cultura pop. Dono de um perfeccionismo facilmente identificado em seus filmes, Kubrick foi um cineasta que buscou investigar a natureza humana e a dimensão paradoxal do homem, por meio de diferentes representações.

O público poderá conferir clássicos como O Iluminado e 2001- Uma odisseia no Espaço em qualidade digital nunca antes exibida em Belo Horizonte. Dos 13 longas de Kubrick, 12 serão exibidos em DCP, qualidade digital equivalente à película de 35mm. A Morte Passou Perto, de 1955, será o único filme exibido em película. O formato dos curtas metragens e do documentário também será digital (BluRay e DVD).

Outro destaque da mostra é a exibição dos filmes do começo de carreira de Kubrick. Medo e desejo, o primeiro longa-metragem, muitas vezes recusado pelo cineasta, será exibido junto com A morte passou perto e O grande golpe. Cada um dos longas de Kubrick terá, no mínimo, 3 sessões durante os 20 dias de mostra, em Belo Horizonte.

35 horas ininterruptas – Seguindo o modelo de sucesso da Mostra Hitchcock, realizada em agosto de 2013, Stanley Kubrick – De olhos bem abertos também terá a sua maratona. Desta vez, logo na abertura. A maratona tem início às 14h, da sexta-feira, dia 8 de agosto, com a exibição de O Grande Golpe. Durante a tarde e início da noite, a programação segue com Glória feita de sangue, às 16h, seguida de Dr. Fantástico, às 18h.

A partir das 20h15, com Nascido para Matar, a maratona passa a ter exibição simultânea entre o Cine Humberto Mauro e os Jardins Internos do Palácio das Artes. Entre 22h45 e 5h da manhã, o público poderá se deliciar com os clássicos 2001- Uma odisséia no espaço, Laranja Mecânica e O Iluminado. Quem conseguir vencer a maratona e assistir a O Iluminado, no Cine Humberto Mauro, terá direito a um kit de café da manhã.

Às 9h, a programação volta a ser exibida somente na sala de cinema, com o filme Lolita, seguido de Spartacus às 12h15, Barry Lyndon, às 16h, encerrando com De olhos bem fechados às 19h30 – último filme dirigido Kubrick. Todas as sessões serão seguidas de um breve comentário feito por pesquisadores e estudiosos convidados. É o caso, por exemplo, de 2001 – Uma odisséia no espaço, que terá um bate-papo com o curador da mostra e gerente de Cinema da FCS, Rafael Ciccarini.

“Durante essa conversa, vou apresentar algumas possibilidades de interpretação deste que é, dos filmes de Kubrick, o que possui mais simbolismos”.

O Cineasta do Sensorial – Como temática, Kubrick recorrentemente questionava a natureza humana, os conflitos e embates internos entre a racionalidade e os impulsos primitivos, utilizando para evidenciá-los elementos como sexo, violência, ciência e progresso.

Segundo Ciccarini, uma certa unicidade nos filmes de Kubrick pode ser encontrada justamente nesta investigação da natureza humana.

“Ele procura evidenciar o homem como esse ser inteligente, que atinge o ápice da razão, mas não do sentimento. Um ser inteligente e racional, mas que não conhece o abismo dentro dele”, reflete.

Mais do que apenas apostar em um bom roteiro, Kubrick primava por construir uma atmosfera cinematográfica, com uma composição extremamente detalhada. “Um dos poucos cineastas que dominava todo o processo de filmagem, Kubrick tem seus filmes marcados pelo apuro da técnica e a utilização de algumas lentes, como a grande angular. Planos longos de filmagem e a utilização de profundidade de campo também são marcas do cineasta”.

Outro elemento amplamente explorado por ele é a música. Composições famosas foram completamente transformadas, como Singing in the Rain, imortalizada no filme Cantando na Chuva (de 1952, estrelado e dirigido por Gene Kelly e Stanley Donen) que foi usada de forma primorosa, transfigurando sentido original da canção, em Laranja Mecânica. Sua obra ficou marcada pelo fascínio visual que causava no público.

O cineasta também tinha maneira única de se apropriar da cultura em geral, tendo muitos de seus trabalhos inspirados em livros, filmes ou, até mesmo, personalidades como Barry Lyndon e o filme baseado em Napoleão, obra que Kubrick nunca chegou a filmar.

Da fotografia para a história do Cinema – Notoriamente um recluso, Stanley Kubrick começou sua carreira como fotógrafo e foi reconhecido por contar histórias através de suas fotografias. Essa característica se expandiu para o cinema e o diretor inicia sua carreira de forma pouco usual, suas produções eram completamente independentes.

Este momento ficou marcado pela procura por financiamento e pela realização de seus três curtas e dos dois primeiros filmes, Marcado para morrer e A morte passou perto. O debutante Marcado para morrer, preterido pelo diretor, só voltou à circulação comercial após a sua morte. Esse início da carreira de Kubrick, com ele sendo completamente responsável pela obra, marcou toda a sua trajetória. Mais tarde, já reconhecido pela crítica e com uma boa recepção do público, Kubrick assina contrato com os grandes estúdios cinematográficos Metro Goldwyn Mayer e Warner Bros.

Dessa parceria, são produzidos os filmes mais icônicos do diretor. Sua carreira se encerra com o lançamento de De olhos bem fechados, após a sua morte, com o corte final da obra sendo feito pelo próprio diretor.

SERVIÇO

Mostra Stanley Kubrick – De olhos bem abertos
Local: Cine Humberto Mauro – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Período: 8 a 28 de agosto de 2014
Entrada gratuita
Informações para o público: (31) 3236-7400
Informações para a imprensa:
Júnia Alvarenga – (31) 3236-7419 / 9179-1215

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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