Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais interpretam obra-prima da música erudita 9ª Sinfonia de Beethoven

A Fundação Clovis Salgado realiza um dos concertos mais prestigiados em todo o mundo. Trata-se da 9ª Sinfonia de Beethoven, considerada uma verdadeira obra-prima da música erudita. Sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá, a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais recebem os solistas convidados Rosana Lamosa (soprano), Ana Lúcia Benedetti (mezzo-soprano), André Vital (Tenor) e Sávio Sperandio (baixo), para concerto dos dias 27 e 28, com entradas esgotadas, e no dia 1º de dezembro, sessão extra.

A apresentação terá início com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais executando Leonora Nº3, abertura da ópera Fidelio, também de Beethoven. Composta em 1804, a montagem gerou quatro introduções distintas, sendo a terceira escolhida para integrar a atual produção. A trama é ambientada em Sevilha/Espanha, e conta a história de Leonore que se disfarça de carcereiro para libertar seu marido, preso injustamente, adotando o nome de Fidelio.

Em seguida, a Orquestra se junta ao Coral Lírico de Minas Gerais e aos solistas, que participaram de produções recentes da Fundação Clóvis Salgado como Um Baile de Máscaras (2013), A Viúva Alegre(2012), Petit Messe Solennele, de Rossini (2012), e Nabucco (2011), para interpretarem a 9ª Sinfonia.

Da dor à alegria – A 9ª Sinfonia de Ludwig van Beethoven possui história intrigante. O compositor alemão, já debilitado por uma grande depressão e pela surdez, em 1815, começou a esboçar uma sinfonia que seria, inicialmente, orquestral. Em 1823, contudo, muda radicalmente de planos – o último movimento que deveria ser puramente instrumental recebe vozes, aproximando-se do projeto inicial de sua 10ª e inacabada Sinfonia.

O maestro Roberto Tibiriçá conta que mesmo com sua debilidade física e emocional, Beethoven conseguiu construir uma obra com alto teor de dramaticidade e de elevado nível técnico. O que seria inicialmente uma composição melancólica se tornou um hino à humanidade. O compositor integrou no último movimento da 9ª Sinfonia metade das dezoito estrofes do poema ‘Ode à Alegria’, de Friederich von Shiller, artista pelo qual nutria grande admiração. Nele, o coro entoa: “Abracem-se milhões de seres! / Enviem este beijo para todo mundo!”, como uma celebração de esperança e irmandade.

“Parece irônico que Beethoven exalte a alegria, no momento de grande dor interior e física: surdo, doente, sozinho, pobre, esquecido, sofreu cegueira por algum tempo. O silêncio exterior fez com que o maestro pudesse irradiar importantes resplendores. Uma vez, Beethoven escreveu – ‘Pela dor, a alegria’. É um pensamento sublime colocado em ação”, avalia o regente Roberto Tibiriçá.

Apresentada pela primeira vez em Viena, em 1824, a 9ª Sinfonia alcançou proporções extraordinárias, conquistando grande receptividade do público. “Foi a apoteose e a consagração do gênio”, destaca Tibiriçá.

As Sinfonias de Beethoven influenciaram grandes compositores mundiais, como Bruckner e Wagner. A Nona, contudo, permanece no auge da realização do compositor.

SERVIÇO
9ª Sinfonia de Beethoven
Concerto com Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais e solistas convidados, sob a regência do Maestro Roberto Tibiriçá
Data: 27 e 28 de novembro e 01 de dezembro de 2013
Horário: quarta e quinta-feira, às 20h30, e domingo, às 19h
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes
Preço: R$15 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada)
Classificação: 10 anos
Informações para o Público: (31) 3236 7400
www.fcs.mg.gov.br

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