Coral Lírico de Minas Gerais e Big Band Palácio das Artes fazem concerto inédito em BH com obra do americano Duke Ellington

Os amantes do jazz terão a oportunidade de conhecer, em concerto inédito em Belo Horizonte, uma das mais importantes obras do compositor norte-americano Duke Ellington. O Coral Lírico de Minas Gerais e a Big Band Palácio das Artes interpretam ‘Concertos Sacros’, sob a regência de Lincoln de Andrade. Serão apresentados os melhores momentos da série de obras sacras do autor, com arranjos dos dinamarqueses John HØybye e Peder Pedersen. Esta é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Fundação Clóvis Salgado.

A noite jazzística do Palácio das Artes contará, ainda, com a participação de dois grandes artistas. A soprano Rita Medeiros apresenta diversas peças. Um momento marcante será a dobradinha que a cantora fará com o Coro no jingle Sweet, fatandhat, que Ellington compôs para uma marca de adoçantes. Outra atração será o bailarino alemão, criado nos Estados Unidos e residente no Rio de Janeiro, Steve Harper, que sobe ao palco do Grande Teatro para sapatear David danced before the Lord.

Dividida em dez peças, a obra de Ellington traduz as lutas pelas causas sociais da década de 60. Em Freedom, o compositor exalta a liberdade em sete movimentos, que dão o tom ideológico, religioso e musical de todo o concerto. Entre blues, jingles e baladas, a apresentação revelará a obra sacra de Ellington em momentos distintos e especiais. “Há vários coloridos musicais que representam um resumo da linguagem jazzística norte-americana”, comenta Lincoln Andrade, que também é regente titular do Coral Lírico de Minas Gerais.

A apresentação revela o diálogo entre erudito e popular, evidenciado pela qualidade artística dos dois Grupos artísticos envolvidos. “Este é um concerto híbrido. A música das Américas, de um modo geral, é assim. Às vezes, as pessoas ficam tentando rotular a música de popular ou de erudita. Mas, já existe um rótulo: híbrido”, esclarece Lincoln.

A história dos concertos – Duke Ellington raramente expressava sua ligação com a religião em sua música. No entanto, ao completar 66 anos de idade, ele foi convidado a compor uma série de concertos previstos para acontecer nas principais igrejas nos Estados Unidos. Para alguns, o interesse de Duke Ellington pela música sacra pode ter aumentado pelo fato de seu amigo e também compositor Billy Strayhorn ter ficado muito doente e falecer pouco depois da estreia do primeiro concerto sacro, que aconteceu na Grace Cathedral, em São Francisco, em 1965. Para quem não queria ter sua música associada à música de igreja, esse foi o primeiro de uma série de três concertos, compostos e apresentados entre 1965 e 1973.

O segundo concerto sacro foi realizado na Catedral de São João, em Nova Iorque, em 1968. O terceiro aconteceu na catedral de Westminster, em Londres, em 1973, apenas sete meses antes de Duke Ellington falecer. Entre 1966 e 1974, Ellington excursionou com sua banda pelos EUA e Europa com os três concertos sacros. Para as performances, em diferentes lugares, geralmente igrejas, ele utilizava diferentes solistas vocais, sendo a mais famosa a cantora de jazz sueca Alice Babs, e coros locais.

Coral Lírico de Minas Gerais

Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais.

Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Angela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda e Márcio Miranda Pontes. Seu atual regente titular é o maestro Lincoln Andrade.

O Grupo se apresenta em cidades do interior de Minas e em capitais brasileiras com a proposta de contribuir para a democratização do acesso de diversos públicos ao canto coral. As apresentações têm entrada gratuita ou preços populares. O Coral já atuou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Big Band Palácio das Artes

Formada em 2006 como projeto do Curso de Música do Centro de Formação Artística (Cefar), a Big Band Palácio das Artes integra a política do Governo de Minas de fomento e promoção de novos talentos, realizada pela Fundação Clóvis Salgado.

A Instituição é responsável por disponibilizar toda a infraestrutura para a manutenção do grupo e oferecer condições para a profissionalização dos jovens artistas, investindo no apuro técnico, na experimentação e na sua valorização e divulgação junto ao público.

Sob a regência do maestro e arranjador Nestor Lombida, a Big Band Palácio das Artes proporciona aos músicos a oportunidade de participarem de todo o processo de um grupo profissional, desde ensaios, gravações, realização de shows e concertos, além do contato com o público.

A Big Band Palácio das Artes apresenta-se em diversos espaços de Belo Horizonte e em cidades do interior de Minas Gerais. O grupo também participa de eventos importantes na área da música como Savassi FestivalJazz Gerais, Festival Tudo é Jazz e Vi Jazz Blues Festival.

SERVIÇO
Concertos Sacros – Duke Ellington, com o Coral Lírico de Minas Gerais e Big Band Palácio das Artes
Data: 1º de outubro de 2013 (terça-feira)
Horário: 20h30
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes
Classificação: Livre
Preço: R$ 15 (inteira), R$ 7,50 (meia-entrada)
fcs.mg.gov.br

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