Cubo Ocular ensaio fotográfico autoral, de figuras a princípio desconexas, mas que acabam estabelecendo comunicação imagética, a partir de 9/4.
Um passeio enigmático pelo mundo das imagens estereoscópicas visualizadas por três métodos diferentes – espelhos, lentes e os óculos bicolores, que propõem charadas lúdicas acerca da visão humana, percorrendo um curioso mundo surreal construído por meio de dois conceitos fundamentais: o monocular e o binocular.
Por que vemos em 3D? A resposta envolve um fato simples, mas importante: temos dois olhos. A combinação no cérebro daquilo que cada olho vê é o que constrói a sensação de volume e profundidade das coisas e objetos à nossa frente.
Por isso a experimentação com o monocular (um só olho) e o binocular (os dois olhos), efetuada através de instalações fotográficas que remetem à renascença, geometria e fantasmagorias, torna-se tão reveladora deste fenômeno.
Cubo Ocular apresenta este ensaio fotográfico autoral, de figuras a princípio desconexas, mas que acabam estabelecendo comunicação imagética numa colagem estereoscópica anamórfica em busca de uma dimensão intermediária, ultrapassando a fronteira tridimensional, especulando o universo 3.5 D rumo à quarta dimensão.
A mostra engloba quatro diferentes técnicas de produção que utilizam os três sistemas:
Anaglifo
O sistema bicolor (vermelho e ciano) é chamado anaglifo, e foi inventado ainda no tempo das lanternas mágicas, que eram projeções animadas do final do séc. XIX.
O filtro vermelho bloqueia a imagem vermelha e revela imagem ciano. O filtro ciano bloqueia a imagem ciano e revela a imagem vermelha. Assim, o cérebro vê duas imagens diferentes, cada uma vista por um olho, formando a imagem tridimensional.
Wheatstone
Este foi o primeiro visor estereoscópico inventado em 1833 pelo cientista que deu nome ao aparelho. O desenho do dispositivo garante que cada olho veja apenas a sua imagem correspondente. As duas são parecidas, mas diferentes. O cérebro constrói o espaço tridimensional a partir dessas diferenças.
Elliot
Este visor é semelhante ao estereoscópico de Wheatstone, entretato com um truque a mais. Além das imagens serem diferentes, uma delas está invertida. O espelho corrige a inversão e o cérebro constrói o espaço tridimensional a partir delas. Posicione seu rosto com cuidado: a tábua do visor deve estar encostada do lado direito do seu nariz.
Holmes
O estereoscópio de Holmes foi talvez o formato mais popular de visor. Cartões fotográficos como esse foram publicados aos milhões e divulgaram a experiência estereoscópica ao redor do mundo a partir de 1851.
Este visor trabalha com lentes ao invés de espelhos. As lentes direcionam cada olho a ver somente sua imagem correspondente diretamente à sua frente.
Cubo Ocular
Data: de 9/04 a 30/06
Sesc Piracicaba
Endereço: Rua Ipiranga, 155 – Centro
Local: Área de Exposição.
Visitação: Terça a sexta, das 13h30 às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 9h30 às 18h.
Classificação: Livre para todos os públicos.
Entrada Gratuita.
Acesse o portal: www.sescsp.org.br/piracicaba
Tel: (19) 3437-9292
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