Supercordas apresenta A Mágica Deriva dos Elefantes no Rio de Janeiro

Mais psicodélico e ainda mais híbrido, o Supercordas enfatiza sua ousadia como banda no aguardado A Mágica Deriva dos Elefantes (Midsummer Madness), que será apresentado na próxima sexta, 12 de outubro, às 23h, no Espaço Multifoco.

Gravado no período de janeiro de 2009 a novembro de 2011, o segundo álbum do grupo é uma grande epopeia sônica, mais elétrica e dinâmica queSeres Verdes ao Redor (2006), considerado um dos melhores discos brasileiros da primeira década dos anos 2000.

O sol, as partículas atômicas e a interação com a natureza ainda aparecem nas composições de Pedro Bonifrate (vocal, guitarra, violão e harmônica), só que com mais camadas psicodélicas.

“O Céu Sobre as Cabeças”, já de conhecimento do público, fala sobre “afagar a terra” para evitar que o nosso planeta se transforme em um “monstro sem cabeças pra acertar”. A dinâmica das guitarras de Bonifrate e de Filipe Giraknob, que ainda empunha sintetizador e theremin, dá tom vibrante ao tema sustentabilidade, que nem de longe torna a canção panfletária.

No trabalho, o quinteto do Rio de Janeiro se mostra ainda mais aberto para enveredar por outros gêneros. “Belo Horizonte”, inspirada na capital mineira, traz elementos do poema “O Desconserto do Mundo”, de Luís Camões, em um prog-rock intergaláctico orientado pela bateria de Digital Ameríndio.

“Índico de Estrelas” é uma balada permeada por belos arranjos orquestrais e solos épicos da guitarra de Kauê Ravaneda, que integrou a banda por quatro anos. “Asclépius”, escrita por Bonifrate em parceria com o baixista Diogo Valentino, tem arranjo de cordas que evoca a sonoridade de violas do agreste.

Tão pop quanto experimental, A Mágica Deriva dos Elefantes reúne diversas imprevisibilidades sonoras, como efeitos de vinis de Valentino em “À Minha Estrela Bailarina”; o sax alto de Guilherme Hermolin em meio a violas caipiras em “Declínio e Queda do Império Magnético”; e o violão em intersecção com guitarras distorcidas na faixa “Ninguém Conquista a Noiva Dançando”.

O novo álbum do Supercordas foi gravado no extinto Estúdio Musgo (RJ) e concluído nas casas dos integrantes. Com produção executiva de Rodrigo Lariú (que já trabalhou com bandas como Fellini, Pelvs e The Cigarettes) e masterizado na Casa do Mancha (São Paulo), A Mágica Deriva dos Elefantestambém traz uma bela arte de capa, assinada por Wilson Jr.

Seres de reconhecimento

Antes de causar impacto com o primeiro disco oficial, o Supercordas vibrou por diversas cidades brasileiras apresentando canções do EP caseiro A Pior das Alergias, em 2003, e o espacial Satélites no Bar, de 2005.

No momento em que lançou Seres Verdes ao Redor, o grupo foi elogiado por trabalhar psicodelia bucólica de forma polida e inovadora no cenário da música brasileira, conquistando posição de destaque nas listas de melhores discos de 2006 das principais publicações de música.

Produzido inicialmente nos estúdios da Trama, em São Paulo, após vencer um concurso promovido pela revista Capricho, Seres Verdes ao Redor foi concluído pela própria banda de forma caseira em Rio de Janeiro e Paraty.

Depois de lançado o disco, o Supercordas conquistou reconhecimento e, entre outros feitos, tocou com Fernanda Takai (vocalista do Pato Fu) no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, além de aparecer em diversos programas de televisão e sair em turnê pelo Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, incluindo apresentações em festivais Coquetel Molotov (Recife), Planeta Terra (capital paulista), Garimpo (Belo Horizonte), Bananada (Goiânia) e Calango (Cuiabá).

SERVIÇO
Supercordas no Espaço Multifoco
Data: Sexta, 12 de outubro, às 23h
Endereço: Rua Mem de Sá, 126, Lapa
Entrada:
R$ 15 (até 1h) e R$ 18 (depois da 1h)
Censura:
18 anos
Capacidade: 200 lugares
(21) 2222-3034

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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