Curta-metragem “A Noite dos Palhaços Mudos” conquista prêmio de melhor filme internacional no Festival Videobabel no Peru

Dois palhaços mudos perambulam à noite com a missão de resgatar um companheiro que fora sequestrado por uma organização que tem como objetivo o extermínio da classe dos palhaços. Neste cenário de suspense se desenrola o enredo do curta-metragem de ficção “A Noite dos Palhaços Mudos” do diretor campineiro Juliano Luccas, que vem se destacando no circuito de festivais ganhando, no Peru, o prêmio de melhor filme internacional e o prêmio de melhor roteiro e melhor direção de arte do 7º Comunicurtas – Festival Audiovisual de Campina Grande. Em três meses o filme entrou em mais de 20 festivais, entre eles a 35º Festival Internacional de Cine de ELCHE na Espanha, o 7º SHORT SHORTS – Festival Internacional de curtas-metragens do México, o 11º Festival Internacional de Cine NUEVA MIRADA em Buenos Aires, o 7º Festival de Cine Latinoamericano de La Plata e o 1º Festival Internacional Unasur Cine em San Juan, na Argentina e também no 29º Festival de Cine de Bogotá.

Juliano Luccas fala sobre o sucesso que seu filme vem conquistando e conta que se sente honrado de representar o Brasil em festivais internacionais. “Estou muito feliz com a repercussão do filme, principalmente fora do Brasil. Entramos em festivais internacionais muito representativos, competindo com filmes de todo o mundo e, em alguns deles, sendo o único representante brasileiro. Com isso o filme cumpre um dos seus objetivos que é o de difundir a cultura brasileira, especificamente o quadrinho e um dos seus maiores artistas, o Laerte”, comemora Juliano.

“A Noite dos Palhaços Mudos” é uma fábula contemporânea recheada de humor contra a intolerância, que foi produzida com recursos do ProAC (Programa de Ação Cultural) contando com a assessoria da 3S Projetos. Rodado em outubro de 2011, o filme é uma adaptação para o cinema da história em quadrinhos do consagrado cartunista Laerte criada em 1994, tornando-se referência no universo das HQs e das artes plásticas pelo conteúdo histórico, político e pela estética vanguardista extremamente contrastada e o uso somente do preto e branco. No filme, o diretor optou por filmar em cores com a idéia de preto e branco explorada no figurino, direção de arte e maquiagem dando destaque cromático para alguns objetos, como por exemplo, os narizes bem vermelhos.

Um dado importante é que o filme foi inteiramente produzido no interior de São Paulo, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em Campinas. “Muita coisa interessante tem saído de fora dos grandes centros e é muito bom saber que a produção cultural não está mais concentrada exclusivamente no eixo Rio-São Paulo. A arte está cada vez mais globalizada”, destaca Juliano Luccas.

Ainda para este ano, está prevista a estreia do curta-metragem na cidade de Campinas, onde ocorreram todas as filmagens.

O CURTA

No elenco, artistas de renome formam a dupla que efetua o resgate. Domingos Montagner, protagonista da minissérie “O Brado Retumbante” da Rede Globo e Fernando Sampaio formam a dupla de palhaços que efetua o resgate. Eles criaram, em 1997, o Grupo La Mínima, que recebeu entre outros prêmios: Prêmio Shell de Teatro e dois prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). No elenco estão também os palhaços Wiliam Amaral e Fábio Espósito, ambos protagonizaram espetáculos do Cirque Du Soleil.

O curta tem assinatura de fotografia de Marcelo Mazzariol e como responsável pela direção de arte Sonia Cintra. A direção de produção é de Ricardo Picchi. O roteiro adaptado foi desenvolvido em conjunto entre o diretor e Naum Alves de Souza, vencedor de três prêmios Molière e cinco Mambembes, autor de clássicos como “Aurora da Minha Vida” e roteirista do filme “O Romance da Empregada” de Bruno Barreto.

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