Jards Macalé relembra seu primeiro disco em show no Instituto Moreira Salles

O Instituto Moreira Salles realiza no dia 14 de agosto (terça-feira), às 20h, o show Jards Macalé, no qual o compositor e intérprete carioca relembrará as nove faixas de seu primeiro LP, de 1972. O jornalista Silvio Essinger vai acompanhar a apresentação, contando a história do disco. Os ingressos estão à venda no IMS-RJ a partir do dia 7 de agosto e custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). A venda de ingressos é limitada a dois por pessoa.

Mistura fina e única, síntese de rock e baião, Jards Macalé, o disco, é um dos melhores autorretratos do artista. As composições são marcadas por parcerias importantes da vida musical de Macalé, como Waly Salomão, Torquato Neto e José Carlos Capinam. O LP foi gravado pela Phonogram depois de Macalé voltar de Londres, onde – como violonista e diretor musical – participou da produção do emblemático álbum Transa, de Caetano Veloso. No disco, Macalé – no violão e vocais – conta com a bateria de Tutty Moreno, com quem tinha trabalhado em Transa, e com guitarra, violão e baixo de Lanny Gordin.

Jards Macalé estudou orquestração, violão clássico, composição e análise musical com mestres como Guerra Peixe e Turíbio Santos. Aos 20 anos, em 1963, conheceu Caetano e se aproximou do grupo baiano no Rio. Participou dos espetáculosOpinião e Arena canta Bahia. No início de sua carreira, acompanhou Maria Bethânia como diretor musical. Participou do IV Festival Internacional da Canção, em 1969, com “Gotham City”, música dele em parceria com Capinam – uma crítica ao momento político vivido pelo país –, que foi bastante vaiada pelo público. No mesmo ano, Macalé começou a trabalhar com Gal Costa. Tocou violão no LP Gal (no qual ela gravou “Pulsars e quasars”) e compôs para os dois discos seguintes da cantora, Legal e Fatal. Mais adiante, no show Gal a todo vapor, a cantora eternizou a música mais conhecida de Macalé, “Vapor barato”, que ele escreveu em parceria com Waly Salomão.

Jards Anet da Silva nasceu em 3 de março de 1943. Seu primeiro nome é resultado da colonização holandesa em Pernambuco, de onde veio seu pai. “Macalé” veio da sua falta de habilidade com a bola – esse era o nome do pior jogador do Botafogo da época. Hoje, Jards Macalé transita nas várias formas da arte: música, cinema, poesia, teatro, artes plásticas e televisão. Atuou e atua tanto na música popular como na música erudita, do folclore à vanguarda, produzindo parcerias com John Cage, Erik Satie, Ezra Pound, Bertold Brecht, Maiakóvsky; com os cineastas brasileiros Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade; os escritores Jorge Amado, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos; e os artistas plásticos Lygia Clark, Hélio Oiticica, Rubens Gerchman, Roberto Magalhães e Xico Chaves.

Este é o terceiro espetáculo de 2012 e o oitavo da série Grandes discos da música brasileira, organizada pelo IMS, que desde outubro de 2010 já relembrou A arte negra de Wilson Moreira e Nei Lopes (1980); Monarco (1976); O Grande Circo Místico (1983); Acabou chorare (1972); Pobre Menina Rica (1964); Galos de briga (1976); Sidney Miller (1967) e Descendo o morro (1958), com Roberto Silva.

SERVIÇO
Jards Macalé
Data: 14 de agosto de 2012, às 20h
Ingressos à venda na recepção do IMS-RJ
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – venda de ingressos limitada a dois por pessoa
Telão externo para público excedente
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
www.ims.com.br

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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