Fundação Clóvis Salgado apresenta Série de Concertos na Cidade, com o Coral Lírico de Minas Gerais

A Fundação Clóvis Salgado dá início neste domingo, dia 11 de março, à Série de Concertos na Cidade, com o Coral Lírico de Minas Gerais, um dos corpos estáveis da instituição. O concerto de abertura da Série acontece na Basílica de Nossa Senhora de Lourdes, na Rua da Bahia, às 16h45. A entrada é gratuita.

 

No programa da apresentação, com 50 minutos de duração, será apresentada a Missa Choralis S10, do compositor húngaro Franz Liszt. Os músicos Izabel Carmônia (soprano), Enancy Gomes (contralto), Sandro Assumpção (tenor), Wellington Vilaça (tenor), Iuri Michailowsky (baixo) e Urbano Lima (barítono) – integrantes do Coral – serão os solistas do concerto, que terá, ainda, a presença do organista Antônio Olimpio Nogueira como músico convidado.

 

Essa nova Série do Coral Lírico de Minas Gerais acontecerá, ao longo de 2012, em igrejas e museus da capital mineira. Para a Gerente do Coral Lírico de Minas Gerais, Celme Valeiras, Minas Gerais é considerado um Estado celeiro da música coral e esse Projeto será uma forma de estimular aqueles que têm interesse em ingressar em Corais, além de proporcionar a formação de público para a música coral de qualidade.

 

Coral Lírico de Minas Gerais

 

O Coral Lírico de Minas Gerais é um dos corpos estáveis da Fundação Clóvis Salgado e seu repertório abrange grandes obras corais, desde a renascença até o moderno, de motetos a óperas, de oratórios barrocos a concertos corais sinfônicos. Um dos raros grupos com essas características no País, o Coral Lírico já recebeu importantes prêmios e convites para atuar ao lado das principais orquestras brasileiras, dentre elas, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

 

O grupo possui um CD gravado com o Oficio de Trevas, do compositor colonial mineiro José Maria Xavier. Em sua trajetória, o Coral Lírico teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho e Silvio Viegas, dentre outros. Atualmente, o Coral Lírico é regido pelo maestro Márcio Miranda Pontes.

 

Em 2012, o Coral Lírico dá início a novos projetos, como a Série de Concertos na Cidade e a Série de Concertos no Parque, com o objetivo de promover um maior acesso à música de coral em Belo Horizonte e pelo estado de Minas Gerais.

 

Sobre Antônio Olímpio Nogueira, organista convidado

 

Natural de Formiga (MG), onde iniciou seus estudos de música com o Prof. Antônio José da Silva, Antônio Olímpio Nogueira cantou em diversos corais em Belo Horizonte, inclusive no Coral Lírico de Minas Gerais. Como convidado, executou teclados na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a regência dos maestros Sérgio Magnani e Roberto Duarte. Apresentou-se em palcos e salas de concertos em todo o Estado de Minas Gerais e do Brasil (Teatro Nacional de Brasília e Teatro Guairá de Curitiba). Atualmente é organista da Basílica de Nossa Senhora de Lourdes em Belo Horizonte.

 

Sobre Franz Liszt

 

A Missa Choralis de Liszt foi escrita em 1865 durante o período em que ele residiu em Roma e tomou ordens sacras. Liszt passou a maior parte deste tempo vivendo uma existência quase monástica como hóspede do Cardeal Gustav Hohenlobe, e se dedicou a estudar e compor música sacra – incluindo os oratórios Santa Isabel e Christus. Tudo isso estava em contraste com a sua vida nas décadas de 1830 e 1840, quando estava constantemente em turnê por toda a Europa Oriental e Ocidental, desfrutando de um estilo de vida extravagante. Sua transição aparentemente abrupta do profano ao sagrado tem intrigado muitos desde então. É importante lembrar que, após a grande exposição pública como criança prodígio, passou seus anos de adolescência, após a morte do pai em 1826, em intensa reflexão religiosa e leitura. Foi somente a partir dos seus 20 anos que embarcou nas “ultrajantes” composições e performances pelas quais é mais lembrado. Sua mudança para Roma ocorreu com um sentido de missão: restaurar a profundidade mística da música sacra e resgatá-la do estilo “opereta” em que parecia ter se degenerado – daí o seu profundo estudo de Palestrina. Situado neste contexto, percebe-se compreender a importância crucial da Missa Choralis no desenvolvimento musical e psicológico de Liszt.

 

Seja qual for sua admiração por Palestrina e a incorporação ocasional de temas do cantochão além do uso de modos medievais, a música de Liszt aqui não é de forma alguma derivada e não contém polifonia complexa, grande parte dela é em uníssono ou homofônica.

 

A estrutura dos movimentos segue a convenção do século 18 refletindo o clima e sentido do texto, e na alternância do conjunto solista e coro completo. Pode-se dizer que a configuração da obra está na linha de descendência da tradição de Haydn e Mozart – mas, sobretudo, com as superficialidades da ópera e opereta removidas: não há ornamentos melismados  nem ritornelos instrumentais. O acompanhamento de órgão é complementar e raramente ouvido por si só. O canto é, portanto, a capella, com o apoio de órgão.

 

Programa

Missa Choralis S10 

Kyrie

Gloria

Credo

Sanctus

Benedictus

Agnus Dei

 

Músico convidado: Organista Antônio Olimpio Nogueira

 

Solistas: Izabel Carmônia (soprano); Enancy Gomes (contralto); Sandro Assumpção (tenor);     Wellington Vilaça (tenor); Iuri Michailowsky (baixo); e Urbano Lima (barítono).

 

::: Serviço :::

Abertura da Série de Concertos na Cidade com o Coral Lírico de Minas Gerais

Data: 11.03 – domingo | Horário: 16h45

Local: Basílica de Nossa Senhora De Lourdes

Endereço: Rua da Bahia, 1596 – Belo Horizonte – MG

Duração: 50 minutos

Classificação etária: Livre

Entrada gratuita

Informações para o público: (31) 3236-7400

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