Espetáculo Três Homens Baixos estrelado por Francisco Cuoco chega a São Paulo em Novembro

Texto hilário de Rodrigo Murtat, estrelado por Francisco Cuoco, Anselmo Vasconcellos e Orlando Vieira, estreia no Teatro Jaraguá, em São Paulo, com cenário de Renato Scripillit. A comédia Três Homens Baixos, do dramaturgo carioca Rodrigo Murat, estreia dia 5 de novembro, sábado, no Teatro Jaraguá, às 21 horas. Os atores Francisco Cuoco, Anselmo Vasconcelos e Orlando Vieira são os protagonistas desta nova montagem que leva a assinatura de Jonas Bloch na direção. Bloch tem uma relação especial com esse texto: ele foi um dos atores na primeira versão da peça, em 2001.

 

O texto nasceu de uma pilhéria do autor com a obra Três Mulheres Altas, de Edward Albee, que Beatriz Segall montou no Brasil, em 1995. Três Homens Baixos é uma comédia de costumes sobre as facetas do universo masculino, revelada a partir do ponto de vista dos personagens Ciro (professor universitário em caracterização impagável de Francisco Cuoco), Samuca (banqueiro de jogo do bicho, interpretado pelo ator Anselmo Vasconcellos) e Titi (publicitário clichê vivido por Orlando Vieira). Eles são três amigos de infância, estereótipos masculinos, que se encontram periodicamente para colocar o papo em dia numa mesa de bar. Em um desses encontros, descobrem que os laços de união entre eles vão muito além do que supunham, sendo obrigados a rever seus valores mais arraigados.

 

O diretor Jonas Bloch explica que procurou humanizar os personagens e dinamizar as cenas. “Explorei ao máximo o grande talento dos atores e fomos construindo essa nova versão em um clima divertido, ideal para se montar uma comédia. Demos muitas gargalhadas e criamos novas gags que a plateia, certamente, irá saborear, além de rir muito”. E completa: “participei como ator da primeira montagem desta peça e, 10 anos depois, mais maduro, creio que conseguimos um excelente aproveitamento do texto para divertir ainda mais o público”.

 

Cada personagem vive seu próprio drama existencial e se ampara nesta amizade que, mesmo aos trancos e barrancos, continua forte. Um deles é casado, o outro é divorciado e também tem o infiel. O enredo revela que, apesar de se conhecerem desde garotos, eles fizeram suas próprias escolhas e agora arcam com as consequências. Os amigos, então, enredam-se nas teias de uma hilária trama melodramática que revela suas intimidades, fraquezas e baixezas.

 

Segredos, até então guardados a sete chaves, vêm à tona a partir desse encontro, para deleite da plateia. Numa espécie de desabafo coletivo as máscaras caem: um é homossexual; o outro, impotente; e, num chulo linguajar, o terceiro (todo garanhão) descobre que é o “corno” da história. Segundo Jonas Bloch, Três Homens Baixos brinca com esse três maiores temores do “macho brasileiro”: “tudo é apresentado com muito humor, muita alegria e de uma forma bem brasileira de encarar a vida”. A montagem conta ainda com trechos parodiados de músicas que vão pontuando as cenas.

 

Francisco Cuoco, que integrou a montagem, em 2004, na época interpretando o publicitário Titi, fala com emoção sobre esse trabalho e sobre o teatro. “Quando fiz a peça tive muitos momentos de alegria e de prazer. Isto vai acontecer novamente. Teatro é tudo. Peça ‘cabeça’ ou não, estaremos sempre refletindo o ser humano. Os históricos e grandes autores sempre fizeram peças para o povo, para buscar o ser humano, o ser humano no seu esplendor e na sua ‘baixeza’. O bom e o mau de cada um. O Deus e o Diabo. A noite e o dia. De preferência, essa contradição que habita nossa alma. A minoria e a maioria são feitas de inúmeras camadas. Teatro, entre tantas coisas, é um enorme espelho das contradições que vivem em cada um de nós. O teatro é a grande tribuna das ideias e da verdadeira democracia. A maioria do público vai rir muito e adorar. Alguns, poucos, vão torcer o nariz. Esquecem que verdades e profundidades, preferencialmente, podem e devem ser expressadas com humor. Três Homens Baixos possui verdades absolutas e muito humor e alegria.”

 

O ator (e produtor da peça) Orlando Vieira também é velho conhecido deste espetáculo. “Quando participei da primeira montagem, substituindo Herson Capri, lembro-me como se fosse hoje que não conseguíamos dizer todo o texto. Tínhamos que esperar o público parar de rir para continuar a cena. Era uma delícia!” Orlando comemora esse retorno, 10 anos depois, e garante que o clima de total descontração permanece. “Durante os ensaios, gargalhamos com as gags que foram surgindo”. E finaliza: “esta peça é como um retrato ‘risonho’ de problemas ‘sérios’ do homem contemporâneo”.

 

Anselmo Vasconcelos também tem memórias sobre Três Homens Baixos. “Quando vi, há muitos anos, um anúncio de Três Homens Baixos, fui assistir à peça. Diverti-me sobremaneira com o saudoso Rogério Cardoso e com Jonas Bloch e Flávio Galvão. Quando terminou o espetáculo fiquei com um grande desejo de atuar nele. Hoje estou aqui, muito feliz por realizar este sonho”.

 

Com a finalidade de fazer rir, por meio de inúmeros clichês do padrão masculino de comportamento, a peça coloca o espectador diante de um espelho de parque de diversão, que deforma a anatomia e a torna engraçada. Atores e diretor concordam que a função da comédia é fotografar a realidade com uma lente distorcida e esta é também a proposta de Três Homens Baixos.

 

::: Serviço :::

Estreia: 5 de novembro – sábado – às 21 horas
Teatro Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71 – Bela Vista/SP – Telefone: (11) 3255-4380
Temporada: sexta (21h30), sábado (21 horas) e domingo (19 horas) – Até 18/12
Ingressos: R$ 50,00 (sexta e domingo) e R$ 60,00 (sábado). Duração: 80 min.
Gênero: Comédia.
Classificação etária: 16 anos.
Capacidade: 271 lugares.
Bilheteria: 3ª a 5ª (14h-19h), 6ª (14h-21h30), sab. (14h-21h) e dom. (14h-19h). Aceita todos os cartões.
Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br (tel: 4003-1212).
Estacionamento c/ manobrista: R$ 18,00. Acesso universal. Ar condicionado.

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