O Vencedor (The Fighter)

Segunda feira, para mim um dos melhores dias para ir ao cinema. Dia que realmente você pode assistir a um filme sem aqueles problemas normais de fim de semana, dificuldades de todos os lados,  para estacionar o seu carro, a fila para comprar os ingressos e claro a fila para entrar na sala do cinema. Por isso que digo, você que procura tranquilidade quando pensa em assistir seu filme, segunda feira é uma grande sugestão.

Essa segunda (07/02) o cinema escolhido foi o Cinemark Eldorado, o filme “O Vencedor” (The Fighter) do diretor David O. Russell, filme indicado a sete categorias ao Oscar. Para que não sabe onde fica esta ai o mapa para chegar ao Cinemark Eldorado.

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O Cinemark Eldorado, como todos da franquia fica dentro de um shopping, como sempre tudo tem seu lado bom e ruim. Claro teoricamente dentro de um shopping você tem mais segurança, estacionamento fácil, mais conforto, mais opções de alimentação (claro, estando em horário de funcionamento das praças de alimentação). Mas nem sempre isso é sinônimo de perfeição.

Logo na entrada do shopping, assim que entrar para estacionar o seu carro, na cancela automática já somos avisados com uma placa bem explicativa com os horários e valores: Período de até 4 horas: R$ 8,00. Isto é uma das coisas que até hoje não me conformo, se você já esta consumindo dentro do estabelecimento porque se deve pagar um valor tão abusivo para estacionar seu carro?

Pois bem já dentro do shopping acesso fácil a toda parte interna do mesmo, com escadas rolantes até chegar ao Cinemark Eldorado. Entrada muito bonita por sinal, com diversos caixas de atendimento para evitar filas, com caixas eletrônicos para compra com cartão muito útil em dias de muito movimento. Uma coisa legal do Cinemark que além é claro de aceitar a meia entrada para estudantes (Lei, não tem como fugir disso) eles fizeram uma parceria com clientes da operadora Claro e também com cartões de crédito do Bradesco. Que também podem pagar a meia entrada, ponto muito positivo nessa parte.

Valor do ingresso: Preços (inteira): 2ª, 3ª e 5ª: R$ 13,00 (matinê) – R$ 15,00 (noite)
Sala 3D 2ª, 3ª e 5ª: R$ 22,00 o dia todo
4ª Feira: R$ 13,00 o dia todo
Sala 3D 4ª Feira: R$ 22,00 o dia todo
6ª, sáb, dom e feriados: R$ 16,00 (matinê) – R$ 18,00(Noite)
Sala 3D 6ª, sáb, dom e feriados: R$ 24,00 o dia todo
Matinê: Sessões iniciadas até as 17h.

Após comprar os ingressos já estava quase na hora da sessão começar, claro que cinema sem uma boa pipoca, refrigerante e chocolate não é a mesma coisa correto? Os preços das guloseimas no Cinemark é algo fora dos padrões brasileiros, chega a ser um absurdo você pagar em menos de 1 litro de refrigerante e uma pipoca média algo em torno de R$ 15,00. (valores variam de para cada Cinemark)

Estranhamente os caixas da lanchonete na parte interna dos corredores que dão acesso as salas estava fechados! Tive que sair novamente para comprar as guloseimas do lado de fora. Chegando à sala, correndo para não perder o inicio do filme, quando coloco a primeira de pipoca decepção total. Além de gelada, sim pipoca e manteiga gelada!, estava completamente sem sal. Fica uma crítica ao pessoal da organização do Cinemark Eldorado, verificar sempre a temperatura da pipoca e manteiga isso é coisa básica para satisfação do publico.Depois de tudo isso o detalhe maior que já estava me esquecendo do filme. O Vencedor    (The Fighter), tem como protagonista da película Mark Wahlberg, no papel de Micky Ward e o hiper talententoso Christian Bale que deu vida a Dicky Eklund. Sempre e um prazer ver Christian Bale atuando, ver como ele sempre se entrega de corpo e alma ao personagem. Incrivelmente magro e um tanto careca, Bale consegue a impressão real de uma pessoa arruinada pelo vício do crack. Consegue emocionar o público em cenas de maior carga dramática Não atoa esta concorrendo merecidamente ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

Desde o inicio do filme vemos que as os conflitos paralelos, e as atuações paralelas chamam muito mais atenção. Melissa Leo fazendo o tipo mãe super protetora e também aquele escandalosa para não dizer do tipo “perua”, umas das atrizes mais versáteis do cinema americano atual. Amy Adams, linda como sempre, se sai bem no personagem que serve de voz da consciência de Mick. Todos atuam de forma natural e bem convincente. Já  Mark Wahlberg é totalmente oposto, claro se pegarmos os últimos filmes dele podemos ver suas fragilidades como ator. Mas nesse filme ainda mais claramente, sua passividade, seu olhar contemplativo, sua cabeça baixa, sua falta de postura, fazem com que ele seja simplesmente engolido pelos pelo elenco.

O roteiro,  formado pelo trio Scott Silver, Paul Tamasy e Eric Johnson, não acompanha desde o inicio a carreira de Micky Ward (Mark Wahlberg) . O mesmo já  começa com a filmagem de um documentário sobre vicio de crack na vida de Dicky Eklund, ex-pugilista, irmão e treinador Micky Ward (Mark Wahlberg) e também com as três derrotas seguidas de Micky.

A conflito principal segue seu rumo, mas não desperta muito interesse do publico, pois os conflitos secundários são bem mais interessantes e imprevisíveis. Um bom exemplo, é a relação abusiva da família de Micky com ele, sua falta de confiança e autoestima graças às constantes derrotas, o vício e a superação de Dicky em relação ao crack, entre vários outros, faz com que o roteiro ganhe seu mérito. Aliás, o vicio é o elemento mais importante do filme, não só o do crack, mas sim o da família e do passado – Dicky sempre comenta de ser o “Orgulho de Lowell” e de sua luta contra Sugar Ray Leonard nos tempos de glória.

Conforme a trama vai se desenrolando, nos interessamos mais pelas tramas dos personagens coadjuvantes do que pela central. Chegue ser engraçado como se quiséssemos na verdade que “O Vencedor” se concentrasse apenas em Dick e não em Mick. Talvez não seja à toa que os pôsteres de divulgação do filme tragam a imagem de Christian Bale em primeiro plano e não a de Mark Wahlberg. Esse deslocamento do foco de atenção do espectador se deve muito em função da diferença das interpretações.

Com o “O Vencedor” o publico encontrara tudo aquilo que pode esperar de um filme de esporte como condutor da narrativa, superação, emoção, conflito, drama.  Confira sem duvida esse concorrente ao Oscar, vale apena. Não deixe de se encantar com as otimas atuações dos coadjuvantes, que valem seu ingresso.

Nota. 3.5/5.0

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